domingo, 20 de junho de 2010

Greve no Cemitério

No Acre acontecem coisas inusitadas.
Em Xapuri tem um cemitério.
Nesse cemitério tem um coveiro.
Esse coveiro é o único detentor das chaves do cemitério.
Há algum tempo o coveiro, o seu Valdemar Mendonça, ficou três meses sem receber seu rico salário.
Ele revoltado, e com razão, fez GREVE!
Ninguém entraria ou sairia do cemitério, até porque sair era mais difícil (hehe).
Num belo dia morre um rapaz.
Seu Valdemar, de greve, não fez a cova e não deixou que a família do morto entrasse. Ele ficou sentado bem na frente do portão, com as chaves balançando na mão, dizendo:
- Enquanto eu não receber meus atrasados, ninguém entra!
Puxou o seu cigarrinho e ficou fumaçando... Nem moral pro povo.
A família do finado teve que transgredir a lei. 
Pularam o muro levando o caixão, fizeram a cova e finalmente aquele moço, privado da vida, pode descansar em paz.
Nunca tinha ouvido falar de um coveiro grevista.
Só no Acre e em Xapuri!
O resultado?
Todo dia ele ia pra frente do cemitério grevar, até que regularizaram a situação dele.
Ainda bem, já pensou?!

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