Gente, eu na minha adolescência sofri muitos tipos de preconceitos. Um deles era o fato de ser crente da tradicionalíssima Assembléia de Deus.
Imagine isso nos anos 80, em que ser evangélica não era a moda que é hoje.
As roupas eram abaixo do joelho.
Calça, short, bermuda?! Nem pensar.
A blusa fechadíssima no pescoço e tinha mangas enooorrrmes!
Bem, nessa época tínhamos aulas aos sábados. Todo mundo colocava uma roupa bem transada e fresquinha pra ir para aula.
Agora, eu?!
Pense num calor! Os cabelos abaixo da cintura, aquela roupa fechada, sob o sol acriano de 40 graus!
Um horror!
Estava lembrando das minhas coxas que desde os 7 anos eram guardadas embaixo de uma saia, sem ver a cor do sol, ou melhor, sem ter cor nenhuma por falta de sol.
Quando ía para educação física morria de vergonha da ausência de cor das minhas pernas.
Mas com a minha imaginação criativa arrumei logo uma solução: deitava na minha cama, cujo sol banhava todas as manhãs e colocava só a parte das coxas para aquele bronzeamento!
Êh, coisa boa. Ninguém mais ia comentar das minhas pernocas.
Só que esqueci de um detalhe: bronzeei apenas a parte da frente!
Num tenham dó de mim não.
Em pouco tempo coloquei-as para adquirir a cor tão desejada.
Ficava igual um frango de televisão de cachorro, rolando na cama e bronzeando as pernas e minha vergonha.
Show Boca de Mulher 2011
Sandra Buh / Chico Chagas
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