quinta-feira, 29 de março de 2012

Indissolúvel Lembrança

Estávamos sós. O desejo nos invadia por completo. Seus olhos brilhantes me fitavam languidamente, dizendo que me queria mais que a si mesmo. Momentos antes, tínhamos nos unidos em beijos sôfregos e voluptuosos, com abraços apertados e mãos que deslizavam pelo meu corpo. “Te quero” era a palavra que pairava no ar, sussurrada, suspirada. Sentamos. Eu sentara na cadeira, enquanto ela sentara aos meus pés, com um desejo filantrópico de se dar ao prazer. Baixei a bermuda. Minha calcinha encharcada de desejo... Como queria ser possuída por ela! Lentamente passava os dedos na minha parte mais sensível, seus olhos injetados, me dominavam e conduziam. Transeuntes circulavam, sem perceber aquele momento travesso. Ela aproximou seus lábios do meu sexo... Soltei um gemido baixinho. Nunca experimentara uma ação tão prazerosa. Sua boca quente e ávida em me sorver. Sua língua hábil, sutil e penetrante percorria minha genitália como um marinheiro descobrindo os mares. Nossa respiração ofegante deixava claro a volúpia que sentíamos. Soltei um grito abafado... O mundo parou naquele momento. Nenhum sopro podia ser sentido e nenhuma folha se movia. Ouvia-se apenas um rumor longínquo de vozes. As pessoas passavam e eu ali, entregue a uma deliciosa e inesquecível aventura que me enternece e me estremece até hoje.
Imagem da internet. Não me processe por favor, é meramente ilustrativa.

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